O tempo vai passando passam-se quase três meses porém
as sensações, os sentimentos, o aprendizado seguem firmes dentro do peito.
Quando Damien Chemin me convidou para fazer o filme “A
Pelada” não sabia ao certo o que danado era o que ele queria dizer com esse
título, mas foi aos poucos a custa de encontros e conversas que fui
compreendendo o universo que ele gostaria de contar. Não sei se conseguiria
definir com tamanho argumento como o Damien explica, mas simplificando diria
que “A Pelada” brinca com o duplo sentido da própria palavra e com o jogo da vida do casal em
crise tentando se achar.
O tempo foi passando e eu quase me esqueci do tempo, não sabia qual era a data, o dia, era capaz de perder as horas, vivendo somente o tempo das filmagens. Vez por outra acompanhava as fases da lua. Não teve carnaval certo, não teve outra coisa a não ser o tempo da obra. E naquele lugar mágico e fazendo cinema conheci uma família nova, de cores, sotaques e línguas variadas. Foi tudo junto e misturado que construímos dia após dia o filme.
Sou muito grata a todos que estiveram de alguma forma envolvidos para realizarmos juntos essa história, em especial a Damien Chemin por ter acreditado que eu seria capaz de dar vida a Sandra.
Vida longa aos encontros!
E Bruno Pego, que seja "Doce mar doce que o doce da batata doce".
(Fotos de Victor Balde)
Encontrei com Bruno e Mariana, no Consulado do Brasil em Bruxelas, a semana passada. É tão lindo ler isso que você escreveu...
ResponderExcluirUm beijo !
Tereza (Bruxelas)