30 de mai. de 2012

Longa “A Pelada” de Damien Chemin


O tempo vai passando passam-se quase três meses porém as sensações, os sentimentos, o aprendizado seguem firmes dentro do peito.

Quando Damien Chemin me convidou para fazer o filme “A Pelada” não sabia ao certo o que danado era o que ele queria dizer com esse título, mas foi aos poucos a custa de encontros e conversas que fui compreendendo o universo que ele gostaria de contar. Não sei se conseguiria definir com tamanho argumento como o Damien explica, mas simplificando diria que “A Pelada” brinca com o duplo sentido da própria palavra e com o jogo da vida do casal em crise tentando se achar. 

E lá fui eu, do Rio para Aracaju. Tinha comigo apenas a certeza de novas descobertas e isso por si só me esvaziava de qualquer expectativa. É como uma folha em branco pra ser escrita. Lembro-me agora de alguns sonhos especiais, mas o que mais recordo é do primeiro sonho que tive em Aracaju escrevendo num caderno novo, em sua primeira página em branco: mãos à obra!

O tempo foi passando e eu quase me esqueci do tempo, não sabia qual era a data, o dia, era capaz de perder as horas, vivendo somente o tempo das filmagens. Vez por outra acompanhava as fases da lua. Não teve carnaval certo, não teve outra coisa a não ser o tempo da obra.  E naquele lugar mágico e fazendo cinema conheci uma família nova, de cores, sotaques e línguas variadas. Foi tudo junto e misturado que construímos dia após dia o filme.

Sou muito grata a todos que estiveram de alguma forma envolvidos para realizarmos juntos essa história, em especial a Damien Chemin por ter acreditado que eu seria capaz de dar vida a Sandra.












Vida longa aos encontros!
E Bruno Pego, que seja "Doce mar doce que o doce da batata doce". 


(Fotos de Victor Balde)

Um comentário:

  1. Encontrei com Bruno e Mariana, no Consulado do Brasil em Bruxelas, a semana passada. É tão lindo ler isso que você escreveu...
    Um beijo !

    Tereza (Bruxelas)

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